segunda-feira, 31 de maio de 2010

TRADIÇÃO DAS FAMILIAS DE CANIDELO - GAIA - CAMINHADA AO SENHOR DA PEDRA A MIRAMAR



Contributos para a história das Rusgas ao Senhor da Pedra,
levadas a cabo por Canidelenses


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CAMINHADA PARA A


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CAPELINHA DO SENHOR DA PEDRA EM MIRAMAR

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Na FREGUESIA DE ARCOZELO


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CIDADE E CONCELHO DE GAIA




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30 DE MAIO DE 2010





















*
PEGADA DO BOI - SEGUNDO A LENDA - QUE FICOU MARCADA NAS PEDRAS, DE QUANDO DO MILAGRE



/
Daqui, parte anualmente, uma das rusgas mais antigas e com maior assiduidade das que se organizam na freguesia da Canidelo do Concelho de Gaia, com destino a Miramar, à capelinha do Senhor da Pedra, no dia da festa naquele lugar.


...durante o percurso




...a merenda matinal





...a chegada à romaria




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...vamos descansar e ouvir um pouquinho de música... pela banda da Associação de Cultura Musical Cetense, de Cete, Paredes


...
...e, se me dão licença, vou ter a palavra, antes de verem as restantes fotos:
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FUI AO SENHOR DA PEDRA, A PÉ
<>
Fui ao Senhor da Pedra, a pé,
Confirmar se ainda é,
O que era antigamente.
<>
Vi enormes grupos de gente,
A dançar e a bailar,
Mas sempre a caminhar,
Conforme era primitivamente.
<>
Vi ranchos de folclore a dançar,
Homens com acordeão a tocar,
Mulheres de pandeireta na mão,
Onde logo se juntou o João,
Com sua voz a cantar.
<>
Vi rusgas com arco embandeirado,
Raparigas com o riso rasgado,
Descalças e de chinelos na mão,
Onde se foi juntar o João,
Com elas juntamente a dançar:
<>
Oh… acordei estremunhado…
…era eu a recordar.
<>
Fui ao Senhor da Pedra a pé,
Para ver se ainda lá está,
A capelinha de pé.
Com tanta destruição,
Nunca se sabe o que farão,
Homens sem contemplação.
<>
Fui ao Senhor da Pedra, a pé,
Minha mãe também lá foi,
Avó, bisavó e mais até,
Ver a pegada do boi.
<>
Eles me acompanham actualmente,
Em espírito sempre presente.
<>
Minha mãe foi porta-bandeira,
Há mais de setenta anos,
Num grupo de jovens raparigas, animados,
Que, ficou a ser, o Clube dos “Chalados”
<>
Fui ao Senhor da Pedra, a pé,
Também já lá ia o meu pai.
Comigo, agora o neto vai.
Espero com bisneto ir,
<>
Aí, irei a pé e a pedir,
Que me levem ao colo…,
mas que hei-de ir, hei-de ir.
<>
É tradição antiga de todas as famílias:
Pais, mães, irmãos, avós, filhas,
E Consortes de boas sortes,
Ir-mos a pé ao Senhor da Pedra,
<>
Ver a pegada do boi,
Para depois contar como foi,
Aos netos e bisnetos vindouros.
Assim fizeram nossos tesouros,
Bisavós, trisavós e tetravós.
<>
E hoje, lá, rezamos por vós.
<>
Hoje fomos vinte e três,
Que, abalamos outra vez,
Ao Senhor da Pedra, a pé.
Nossa rusga a maior é;
Move-nos grande amor, extra vulgar,
De união familiar.
<>
A meio caminho é a merenda,
Bolinhos, rissóis, panados e croquetes,
Boroa, presunto, pescada frita em filetes,
Abancar é no pinhal, não paga renda.
<>
Vamos lá a continuar,
São duas horas a caminhar,
Por entre matas e pinhais…,
<>
Oh! …Era eu a recordar…,
Isso era antigamente,
Que no momento presente,
Pinhais…? Os há poucos ou jamais.
<>
Fui apanhar camarinhas,
Às dunas, à beira-mar,
Comia-as, tão pequeninas,
Sabiam a água salgada,
Da água do mar as lavar.
<>
Como agora recordo,
De quando éramos criancinhas.
<>
Vamos por estrada marginal ao mar,
Não por sombra de pinheiro,
Mas debaixo de sol e de braseiro.
Vamos a pé e a caminhar,
E nós ali com tanto mar,
Não poderíamos ir a navegar?
<>
Antigamente, ia meu pai montado em cavalo,
O cavalo é que ia a pé,
Todo repostado ia o cavaleiro,
A meter vista às moçoilas, prazenteiro.
<>
Ou então iam de burro,
Em animal que não era burro,
Pois, quando na inteligência lhe dava,
Caminhar se recusava,
E ao dono até o mandava,
Montar p´ra outra manada.
<>
Também iam em carros de bois,
Com suas carroças engalanadas,
Carregavam os mais idosos,
E toda aquela criançada.
<>
Também os bois lá iam,
Ver a dos seus irmãos, a pegada.
<>
Agora, outros de bicicleta vão,
A toda a força a pedalar,
Assim, mais depressa vão,
Nós, a pé, vamos mais devagar.
<>
Todos nos vamos juntar,
Lá no terreiro, no areal,
De fronte p´ra capelinha,
Mas que grande arraial.
<>
Lá no alto daquela pedra,
Lá está a capelinha,
Tão bonita tão pequenina,
Lá, encerrado está, Nosso Senhor da Pedra.
<>
Por trás, a pegada do boi,
Cuja lenda, há muitos séculos foi.
<>
João da mestra


Senhor da Pedra, festa do ano de 2005










Rusga ao Senhor da Pedra
- de 1935

Minha mãe foi porta-bandeira,
Há mais de setenta anos,
Num grupo de jovens raparigas, animados,
Que, ficou a ser, o Clube dos “Chalados”


1937(?)
Antigamente, ia meu pai montado em cavalo,
O cavalo é que ia a pé,
Todo repostado ia o cavaleiro,
A meter vista às moçoilas, prazenteiro.


1937 - 1940 (?)
Fui ao Senhor da Pedra, a pé,
Minha mãe também lá foi,
Também o meu pai já lá ia,
E com eles ia a família.

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CANIDELO EM VILA NOVA DE GAIA

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TRADIÇÃO NO DIA FESTIVO DO SENHOR DA PEDRA:

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CAMINHADA AO SENHOR DA PEDRA

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A MIRAMAR - ARCOZELO - GAIA
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*
Rusga ao Senhor da Pedra de 1935
*
Olha ali, que menina bonita,
Tão elegante tão distinta;
É a formosa protegida, neta,
Da portentosa matriarca, - a Mestra.
É a beleza de porta-bandeira,
Suporta-a no alto, altiva.
<>
Vamos para o Senhor da Pedra,
Ver se a pegada do boi medra;
Foi milagre de antigamente.
Hoje vai milhares de gente,
De Canidelo, é tradição;
Desta aldeia todos vão.
<>
E lá vai a ti Conceição,
No grosso da expedição,
A tocar nos seus ferrinhos,
Por todos aqueles caminhos.
Mil Novecentos e trinta e cinco;
Vão dos oito aos oitenta e cinco.
<>
A seu lado segue o ti Zé,
Todo o caminho a pé,
Ao pescoço pendurado o tambor,
Maçaneta a bater-lhe com fulgor,
Saca d´almoço noutra mão,
Só vai comer arroz de feijão.
<>
Vai ancião excitado,
Com seu cavaquinho afinado,
Tilinta as cordas maravilhado,
Segue seu fado desgarrado,
Toca as modas de então;
Dança Esmeralda e Julião.
<>
Vai o Victor com sua viola,
Abre caminho por ali fora,
A tocar a cantar e orquestrar,
Por entre matas e pinheirais,
Ao ombro sacola a desfraldar,
Almoço, arroz e nada mais.
<>
Cruzam-se no caminho outras rusgas,
Também desta aldeia Canidelo,
Nenhumas com som tão belo,
Nem os malaquecos nem Os Primavera;
Tocatas tão harmoniosas, pudera,
Como a nossa rusga dos Chalados,
Não existe em nenhuns destes lados,
Terras de Rei Ramiro e seus reinados.
<>
É a rusga do “Grupo Os Chalados”,
Mais de trinta divertidos foliões,
Concertinas, harmónicas, acordeões,
Violas, banjos, Violinos,
Tambor, reco-reco e ferrinhos,
Mais o Alexandre a cantar;
O tenor improvisou com sua voz,
Foi a honra de todos nós.
<>
João da mestra
*
RUSGA AO SENHOR DA PEDRA
-
– CANIDELO 1937 (?)
/
Ficou gravado na memória,
Grande rusga com Glória,
Saiu para festa de rebenta,
Lá pelos anos quarenta.
/
O Mário, no Cavaquinho,
No Violão, o Victor manquinho,
Na Braguesa, o Francisco Ribeiro,
De Almeara partiram primeiro,
Com passagem p´lo Paniceiro.
/
Juntou-se o José Teixeira,
A tocar o seu Violão,
Ao passarem junto do Amor
E, todos juntos foram então,
P´ro Senhor da Pedra grande, ao Senhor,
P´ra junto daquela Ribeira.
/
Lá, no cimo do Penedo:
O Mário, o Victor, o Ribeiro e o Teixeira,
Acompanhados pelo fadista e tenor,
Alexandre Monteiro,
cuja voz causava dor,
Na Alma e no Coração,
De toda a gaiata solteira,
Cantaram ao Senhor da Pedra,
Que, hoje a tocata, Sagrada, era.
/
Rivalizavam os Ranchos e as Tunas,
As Marchas e as Rusgas,
Os Marchantes Cantadores,
Acompanhados com seus tambores,
Violinistas, guitarristas, tocadores;
Dos Grupos dos Chalados,
Dos Primavera e Malaquecos,
A tocarem as suas Rebecas.
/
João da mestra
/

Contributo para a história das Rusgas ao Senhor da Pedra, levadas a cabo por Canidelenses, desta feita, a organizada pelo meu pai, Alexandre Monteiro, entre 1936 a 1942.
João da mestra
*
Ao Senhor da Pedra Pequeno
Em Canidelo de Vila Nova de Gaia
/
A cantar e a dançar,
Instrumentos a tocar,
Violão e violino,
Mais o banjo e o cavaquinho.
/
Cantadores à desgarrada, à vez,
Tocadores, todos de uma vez,
Romeiros sem parar,
A caminhar e a dançar.
/
Segurando na mão os ferrinhos,
Tocava feliz o rapaz,
Percorria todos os caminhos,
A marcar ritmo, era um Ás.
/
A marcar ritmo ao caminheiro,
Durante todo o caminho, inteiro,
O bombo a tocar pausadamente,
Para a rusga daquela gente.
/
Três pancadas mais quatro,
Em ritmo cadenciado,
Em pele de animal esticado,
Era o bombo violentado.
/
Batido com maçaneta,
Com toda a força faz: BUM, BUM, BUM,
Depois de compasso marcado, responde,
BUM, BUM, BUM, BUM.
/
Três pancadas mais quatro,
A ritmo marcado a compasso,
Para cá, alguns já vinham de quatro,
Pelo vinho e pelo bagaço,
/
Era o regresso p´ro pequenino,
Depois da festa no grande,
Era eu ainda um menino,
E durou até ser grande.
/
Ó meu rico Senhor da Pedra,
No próximo ano eu repito,
Vou ver a pegada do boi,
De regresso, no pequeno fico.
/
Ó meu rico Senhor da Pedra,
Eu também lá hei-de ir,
Mesmo até ser velhinho,
Nem que colo tenha que pedir.
/
Ó meu rico Senhor da Pedra,
Meu Senhor da Pedra pequenino,
Tu eras o mais pobrezinho,
Quando eu era um menino.
/
Não tinhas pegada do boi,
Nem capela sobre penedo,
Nem tinhas prateadas areias,
Mas muito agora me premeias.
/
Com muito boa recordação,
Hoje és o GRANDE no meu coração;
Ó meu PEQUENO rico Senhor da Pedra,
ÉS O GRANDE, DE TODA A ERA.
/
Em Canidelo de raiz,
Me recordo de petiz,
Das histórias que me contavam,
Meus Avós, décimos netos da Raiz.
/
É do cruzamento, das Raízes daqueles Pinheiros,
Mais das Raízes de Canidelo;
Das Raízes do Povo de antanho,
Com as Raízes daquele lugar, CHOUSELAS,
Que saiu a força e a vitalidade de CANIDELO.
/
João da mestra
/
*
OUTROS CONTRIBUTOS:
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MAJOSILVEIRO

quinta-feira, 27 de maio de 2010

MISSIVA DO REI SVENOVITCH À IMPERADORA DE OUTRO REINO

MISSIVA DO REI SVENOVITCH
À IMPERADORA DE OUTRO REINO

Fica Vossa Senhoria impedida,
E os mais do Vosso Império,
De me irem ver quando eu morrer,
Pois, eu é que nem vos quero ver!

>
Nem flor tende a ousadia de enviar,
Por qualquer paspalho vosso lacaio;
Darei ordens ao meu aio,
Proibir-vos manifestações de pesar.

>
Já que na Terra impera o cinismo,
O abandono ao Rei do vosso trono,
Porque sou o homem velho do Império,
Serem hipócritas, é depois um impropério.

>
Amor, gostava eu de sentir hoje,
E não desprezo pela vossa parte,
Que com todo o engenho e arte,
Vossa senhoria, ao vosso senhor inflige.

>
Agora, aquilo que é meu desejo;
Quero estar morto e descansado,
Não quero depois a meu lado,
Hipócrita de subordinado.

>
Nem, também, muito lamento,
Chorar de arrependimento,
Quando, agora, neste momento,
Me trata mal que nem a jumento;

>
Acusações de centenas de acções,
Que comete e que depois remete,
Ser Vosso Rei o ocasionador,
Não lhe abonando o seu valor.

>
Depois de morrer, não me interessa flor,
Nem o choro hipócrita de qualquer estupor.
E todos se deveriam pautar,
Para nesta vida saberem amar.

>
João da mestra






sábado, 1 de maio de 2010

Amor meu, não te vás, engalinha





Amor meu, não te vás, “engalinha”
Logo que me levanto, pela manhã,
Na frente da minha janela,
Vejo o amor meu, vejo-a a ela,
E, logo fico em consagração.
Aquela que me dá energia
E força para todo o dia,
É por ela que fico em devoção,
De amor e de paixão.
Ela, é a minha clorofila,
Ela, é o meu sustento,
E, o que eu mais lamento,
É quando deixar de existir:
Porque este mundo está a ir,
P´ra sarjeta, p´ro “galheiro”.
Todo, todo, o mundo inteiro.
Árvore amiga, querida minha,
Não te vás, fica, “engalinha”,
A tua vida é aqui, junto a mim,
Neste mundo, até ao fim.
majosilveiro





quarta-feira, 28 de abril de 2010

Florinha na janelinha



Florinha na janelinha
Lá na minha aldeia,
havia uma casinha velhinha,
mesmo defronte da minha,
onde uma menininha,
logo de manhãzinha,
aparecia à janelinha;
com um rosto bonitinho,
e um lindo sorrisinho,
pronta, logo me dizia,
- bom dia,
Quando eu era um menininho.



Os anos passaram,
a idade avançou.
A casa derrubou,
a janela acabou.









Hoje, a menininha é velhinha;
naquele lugar, na janelinha,
está lá uma florinha,
que a colocou um irmão meu,
foi um presente que me deu.













Florinha na janelinha
Lá na minha aldeia,
havia uma casinha velhinha,
mesmo defronte da minha,
onde uma menininha,
logo de manhãzinha,
aparecia à janelinha;
com um rosto bonitinho,
e um lindo sorrisinho,
pronta, logo me dizia,
- bom dia,
Quando eu era um menininho.
Os anos passaram,
a idade avançou.
A casa derrubou,
a janela acabou.
Hoje, a menina é velhinha;
naquele lugar, na janelinha,
está lá uma florinha,
que a colocou um irmão meu,
foi um presente que me deu.
majosilveiro




sexta-feira, 2 de abril de 2010

COITADAS DAS CRIANÇAS DE HOJE

COITADAS DAS CRIANÇAS DE HOJE


Coitadas das crianças de hoje, …

…que, vivem em “coutadas” - infantários - sem os espaços mínimos adequados e necessários, sem condições de vária ordem como a higiene, sem alimentação adequada, sem o pessoal necessário - até o especializado; crianças essas que suas mães ou seus pais (pais e mães) ali os enfiam aos três meses, alguns, porque simplesmente não os querem amamentar, aturar, sacrificarem-se, porque querem andar livres.
…que, vivem em “colmeias” - casas de amas - sem as mesmas condições que as primeiras, ou piores, -normalmente piores - onde são lançadas pelos próprios infantários das juntas de freguesia quando não existe espaço naqueles e onde essas, as crianças, durante um ou dois ou mais anos estão sujeitas a todos os perigos conhecidos como os maus tratos, espancamentos, violações, que, uma vez descobertos, já tardiamente, são as tristes notícias dos midia.
…que, vivem “prensadas” em apartamentos minúsculos, onde tudo lhes falta desde um quarto adequado a uma zona ou um pátio para brincar e, onde nada podem fazer além de sentadas verem televisão dezasseis horas se oito forem para dormir.
…que, entregues, ou vivam, somente com um dos conjugues - normalmente a mãe - normalmente também sem os carinhos e os cuidados daquele que a cuida -, assim como do que está ausente, devido a uma separação porque egoístas, um e outro, pela sua própria felicidade e ou de amor para com outros, que por hipocrisia e cretinice de um ou dos dois que presunçosos e autoritarismos um para com o outro se esquecem do amor e da felicidade que deveriam de dar aos filhos.
…que, vivem inseridas em famílias promíscuas, conjuntamente, os filhos dela, os filhos dele, os filhos de ambos, os filhos do namorado (porque não do amante?) e os filhos da amante (quando é homem é amante! que tem, não namorada!), onde, educação é coisa absolutamente desconhecida e onde os valores da família são “produtos” que não servem de alimentação - nem para o corpo nem para o espírito - em casas (?) (chamar-lhes-ia pocilgas humanas) onde só há fome e miséria mental.
…que, a ser aprovada lei, irão ser adoptadas por “casais” de homossexuais, por dois machos (?) ou por duas fêmeas (?) e ou,
…que, já assim o estão - que já assim vivem -, em comunhão (de quê ?).
…que, sofrem pelo jogo do empurra ou do jogo do cinismo, em que nenhum - nem pai nem mãe - ou os seus familiares, os querem por qualquer motivo invocado, mas, de igual forma, as que todos querem à viva força e, então,
…que, são disputadas como joguetes, que tribunais indecisos e juízes incompetentes entregam hoje a um amanhã a outro e no outro dia a outro e as quais sofrem o desespero de gostarem ou amarem mais aqueles que já eram seu “pais” porque nunca conheceram outros e de ir viver com quem nunca viu de lado nenhum. Caricato é tribunais entregarem crianças a quem anteriormente as abandonou, as rejeitou, as maltratou, as prejudicou, as seviciou, em prejuízo (mais para a criança) de quem sempre as soube tratar, alimentar, cuidar, educar, amar.
…que, vivem em bairros de lata porque pais incompetentes, dependentes do álcool, da droga - e outros vícios mais - gastam o que o sistema democrático - social lhes dá de subsídios de toda a espécie, - inclusive o abono de família -, que deveria de ser para sua alimentação, - da criança - e nem qualquer sinal (sustento) dele vêem.
…que, frequentam escolas oficiais que vergonhosamente e inadmissivelmente não tem qualquer espécie de segurança, quer no interior quer no exterior e que se o têm é tão ineficaz quanto a sua inexistência. Crianças essas que são diariamente assaltadas, roubadas, agredidas, violentadas, sem que as autoridades quer policiais quer políticas resolvam de vez esta vergonhosa situação - radicalmente -, como se isso fosse qualquer situação de impossibilidade resolução. Não tem existido, quanto a mim, vontade política, nem vontade das polícias, para o fazerem. Não o desejava eu afirmar peremptoriamente que os vários ministros da educação e da administração interna têm sido tão ignorantes e incompetentes, que nunca foram capazes de o fazer; o primeiro em relação e no interior das escolas e o segundo na via pública, mas, o que é facto é que estes dois problemas sociais se agudizam dia a dia.
…que, lhes fecharam as escolas e que agora têm que se deslocar em viagens de 10, 20, 30, 40 ou mais quilómetros, em autocarros velhos, sem aquecimento - em terras gélidas -, que foram importados em segunda mão de países esses sim desenvolvidos, como a Alemanha, que se despenham pelo caminho. Tudo devido a políticas de incompetência a troco de meia dúzia de Euros de poupança.
…porque, filhos de coitadas de crianças de ontem, que, são as mulheres e homens activos de hoje, que, vivem agoniados e revoltados contra tudo e contra todos devido a terem sido criados e educados por uma “cartilha” de mãe, ou pai, unicamente. São filhos, que, também eles sofreram e que devido a isso, pelo trauma com que ficaram, ou outra qualquer razão, fazem sofrer, eles, hoje os seus cônjuges e os seus filhos.
Coitadas das crianças de hoje, …
…que, sofrem de um grave problema; “doença”- hereditária - social:




majosilveiro

sábado, 20 de março de 2010

NO DIA DE LIMPAR PORTUGAL: A vida não pára, tem um ciclo; é o ciclo da vida.

A vida não pára,
tem um ciclo;
é o ciclo da vida.



Porque a vida não pára, porque a vida é um ciclo e, porque o ciclo da vida é constante;
Terá que ser constante a luta por um mundo melhor no que respeita à salvação do planeta, à defesa do ecossistema, à defesa dos oceanos, dos mares, dos lençóis freáticos, dos rios, lagos, enfim, de toda a água e, por consequencia a única forma da salvação da Humanidade.
A minha preocupação actual está condizente com a preocupação do mundo - com a preocupação das Nações - em todas as vertentes, desde a defesa da ecologia, pela separação dos lixos - pelas reciclagens - pelas estações de tratamentos dos variados tipos de resíduos, como os domésticos, os da indústria pesada, os industrias ligados aos variados tipos, os hospitalares e ligados à saúde, aos dos aparelhos como os electrónicos, das máquinas como os computadores, dos consumíveis de variada indústria, dos de desgaste como os pneus, dos óleos de culinária, dos óleos industriais, dos óleos automóvel e, uma infinidade de milhares de tipos de lixo que, a não serem reciclados, tratados, aproveitados e reaproveitados, a humanidade, dentro de pouco tempo, não terá espaço para si e morrerá atolada em todos os monstros que nos deixaram de ser úteis.
Eu assim o fiz durante mais de trinta anos em que geri a minha empresa industrial de Prótese Dentária em que produzia lixo derivado de gessos, sílica, alginatos, metais, acrílicos e, que, era separado do outro tipo de lixo – diferente -, metido em sacos e entregue individualmente nos acolhedores.
Assim o fazem igualmente as clínicas dentárias que conheço porque meus clientes da altura.
Hoje, os métodos de separação dos lixos em minha casa - separado antes de ser vazado nos recipientes municipais pelos vários tipos de materiais; vidro, papel, cartão, metais, plásticos, pilhas, monstros, (aparelhos, madeiras ou outros), que, não havendo recipientes próprios para alguns dos casos e aí terem de ficar à margem, fora dos contentores, - deu lugar à forma tradicional - ecológica como desde há mais de cinquenta anos - desde a minha existência - e até há cerca de pouco mais que quinze ou vinte anos - tantos quantos se começaram a organizar e a consciencializar as pessoas para estes actos - e que era a formação de pilhas (estrumeiras) onde diariamente depositava os restos ou os desperdícios de produtos alimentares, os não comestíveis como as cascas de fruta, de batatas, de vegetais e, onde se acamavam as folhas de árvores, de parreira, de vegetação variadas, de excrementos retirados da limpeza dos casebres ou das gaiolas de animais e das aves e que sobrepostos em monte, em pilha, ali deixados a putrefazer em acrescento diário, seria após algum tempo usado como adubo para as terras na agricultura caseira - chamada hoje de agricultura biológica.
Ou de uma ou de outra forma, o lixo deve ser separado, reciclado, tratado, aproveitado, reaproveitado, até outro ciclo se completar, que, conforme a vida, as coisas têm um ciclo; o ciclo da utilização das coisas.
Mas, a continuar conforme as pessoas actualmente actuam, que, atiram tudo quanto é lixo para as ruas, para os pinhais, para as florestas, fazendo lixeiras em locais onde antes havia vegetação, a continuar conforme, empresas actualmente fazem, principalmente indústrias e de construção civil e outras que, esvaziam camiões de inertes em locais inapropriados à socapa das autoridades, a continuar com as atitudes impensadas da nossa população que diariamente lançam no nosso mar e nos nossos rios tantos quantos objectos e o próprio lixo, que, depois é dado à costa, pelas marés e, que, ficam nos areais das nossas praias, formando uma lixeira continuada de cerca de setecentos quilómetros, tantos quantos tem a nossa costa;
A não se inverter esta situação, urgentemente, quebra-se o ciclo da utilização das coisas, dando origem à asfixia da Humanidade.


majosilveiro

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

AO POVO QUE SOFRE DA ILHA DA MADEIRA





Ao Povo que sofre da Ilha da Madeira

A natureza está revoltada,
Tudo, tudo tão de repente,
Tantos cataclismos, tanta água,
E tudo vai com a corrente,
Sofre e morre tanta gente.


E Deus?
Meu Deus, suplico - Te para ver;
Acode a toda aquela gente a sofrer,
E mais aos prestes a morrer,
Como pode tudo isto acontecer?


Sofre toda a Ilha da Madeira,
Inundações e morte em toda a ilha,
Está destruída a Pérola, quase inteira,
Para muitos acabou ali a vida.


Tantas Almas dali partiram,
Outras, entre a vida e a morte, salvas;
Tantas vidas resgatadas,
Que em tempo, se livraram.


É preciso reconstruir,
Vamos lá todos unir,
Esforços e boa - vontade,
Trabalhar com força e com verdade.


Ajudai os Povos da Madeira,
Por qualquer forma, de qualquer maneira,
Haja por todos boa intenção,
Peçam a Deus a Sua intervenção.




majosilveiro




domingo, 14 de fevereiro de 2010

AO POVO DO HAITI - Oremos: Que cada um faça a sua oração






AO POVO DO HAITI



NESTA HORA MAIS DIFÍCIL:



A DO AUXÍLIO AO POVO;



A DA RECONSTRUÇÃO



majosilveiro

sábado, 13 de fevereiro de 2010

ELAS CANTAM ROBERTO CARLOS - HOMENAGEM AO CANTOR E AO POVO DO BRASIL





ELAS CANTAM ROBERTO CARLOS -


homenagem ao cantor e ao povo do Brasil


Justo; precisamente, neste momento, findo de visionar um D.V.D. de homenagem a Roberto Carlos - Elas cantam Roberto Carlos - que me chegou do Brasil, enviado pelo meu recente amigo Evaristo, - ele, grande “panoramista“, com galeria de fotografia no site panoramio - apaixonado da música brasileira e portuguesa, porque é um homem sensível - e, por conseguinte, De Bem.

É tão sensacional esta homenagem, este espectáculo e, são tão formidáveis todas aquelas artistas cantoras e acima de tudo mulheres, que, não existe alma que não vibre, que não se emocione, que não chore; de alegria, de emoção, de prazer.

Ao longo do impressionante espectáculo fui meditando:


Insensível é, aquele que não se sente,
Aquele que não estremece,
Aquele que não se arrepia,
Aquele que não chora.


Que não sente a dor alheia,
Que não sente a fome no mundo,
Que não sente o sofrimento,
Do irmão em desalento.


Que não se arrepia dos males que hoje em dia,
São as desgraças do planeta a que pertenço,
Que se desintegra a cair aos pedaços;
Não se arrepia e deixa cair os braços.


Que não estremece ao ler poema,
Que não estremece ao escutar declamação,
Nem ao ouvir qualquer canção,
De Amor ou de paixão.


Aquele que não chora, insensível,
Ao poema, ao amor, à canção,
Ao lamento e ao perdão,
Só pode, não ter coração.


Os meus agradecimentos ao povo do Brasil, que, tão fortes motivos dá aos poetas, aos cantores e trovadores do Brasil, para que nos surjam tão belos poemas e tão belas canções, como aquelas apresentadas no grandioso espectáculo que foi “Elas Cantam Roberto Carlos”.


O Rei - Roberto Carlos, - esse, está sempre à altura, sempre no pedestal, sempre adorável.


Os meus agradecimentos ao Evaristo.

Um Bem Haja

majosilveiro

domingo, 24 de janeiro de 2010

TIRAREI ÁGUA DA PEDRA, ESCREVEREI POEMAS DO NADA

TIRAREI ÁGUA DA PEDRA


ESCREVEREI POEMA DO NADA


O mundo está em aflição,
Com tanto dilúvio com tanta inundação,
Com tanto desastre com tanto horror,
Com tanto abalo por grande tremor.

Debaixo de escombros como que refugiados,
Homens moribundos morrem à sede,
Mulheres à míngua morrem esfomeadas,
Crianças debilitadas à vida agarradas,
Todos resistem com o nada de nada.

Com o nada resistem e vivem,
Com o nada se alimentam,
À espera de ajuda ou de uma má morte,
Esperam ali por melhor sorte,
Não querem partir sem a Bênção de Deus.

Tirarei água da pedra,
Para salvar moribundo,
Escreverei poema do nada,
Para salvar o Mundo,
Deus me ajude neste desejo profundo.

majosilveiro

sábado, 23 de janeiro de 2010

A DEUS, ATRAVÉS DO VENTO - MEMÓRIA ÁS ALMAS DO HAITI - ÁS MÃES DO BRASIL




PELOS POVOS QUE SOFREM;


AO HAITI


AO BRASIL




Deus me sensibiliza e me desafia,
As ideias jorram,
As lágrimas brotam,
Palavras e lágrimas se juntam,
As frases se formam,
A obra num ápice surge.



A Deus, através do Vento


Deus, Vê aquela terra ali,
Sofre e geme o Povo do Haiti,
Sofre e geme o Povo do Brasil,
Sofre e chora todo o meu irmão,
Inundados, soterrados em aflição,
Por tempestades de águas mil,

Por terramotos de força viril.

Clamam por Deus através dos ventos,
Suplicam por outros adventos,
Crêem na vinda de melhor sorte,
Esperam ali no meio da morte.

Vento de leste, afasta a peste,
Vento de norte, afasta a morte,
Vento de sul, dá-lhes a existência,
Vento de oeste, dá-lhes subsistência.

Deus, Dai-lhes Sustento,
Suplico que me escuteis,
Minhas palavras no ar não Deixeis,
Já que palavras leva-as o vento.

majosilveiro





ÁS MÃES DOS SOLDADOS DO BRASIL

QUE FALECERAM NO HAITI



Neste momento todas as minhas Emoções,
Vão para a enorme Grandeza,
P´ra todos aqueles Corações,
Dilacerados das mães do Brasil,
Que sofrem pelos seus queridos filhos,
Tornados Heróis pela sua Pátria,
Nas ruas de outra Pátria.


Toda a minha inválida Poesia,
Morre triste, sem valia.
Que Deus os guarde no seio de Sua Alegria.



majosilveiro

OS USUS DE CADA TERRA: COLHERES DE PAU


Os usos de cada terra:

Cada terra com seu uso,
cada roca com seu fuso.


Já chega.

Já chegam de leis da U. E. para a normalização daquilo que não deveria de ser normalizado.
Não tem jeito.
Já nos fecharam o que era regional e proibiram o que era artesanal.
Já nos fecharam restaurantes regionais e adegas regionais.
Já proibiram utensílios de madeira como; colheres de pau, copos de madeira, talheres com cabo de madeira, tudo isto em lugares onde era tradição serem usados estes utensílios porque era regional.
Era assim de há muitos anos, porque era regional e eram usados porque o lugar é característico daquela matéria-prima e assim OBRIGA o seu uso para estar em sintonia. Assim como a louça de barro vermelho em determinados lugares também o deveria ser e é, se ainda não foi também proibida, ou a louça de grés, preta, tradicional noutros sítios, onde ela é manufacturada.
Há dias, num restaurante da marginal do rio Douro, serviram-me uma caneca de sangria com uma colher de PLÁSTICO no lugar da tradicional colher de pau porque foi proibido tudo o que é de madeira em restaurantes. Pergunto: o vinho não foi sempre em pipos de madeira armazenado?
E o vinho do Porto não foi sempre em pipas e em grandes tonéis de madeira tratado e envelhecido?
E não é Portugal um dos produtores de vinhos de melhor qualidade do mundo (envelhecido que sempre foi em pipos de carvalho, que é madeira, de pau).
E o vinho do Porto não foi sempre e, continua a ser o único no mundo daquele tipo; vinho generoso, o único no Mundo, e de grande fama internacional devido ao seu espectacular sabor por em pipos de carvalho (que é pau) ser envelhecido? (eu acrescentaria no Mundo e arredores). E agora, uma simples colher de madeira (de pau) para mexer a sangria ficou a ser proibido de utilizar, em restaurantes, bares, adegas regionais e outros lugares que tais, quando sangria não é mais do que vinho com outras bebidas á mistura.
Então, se assim é, será que o vinho vai deixar de ter para o seu envelhecimento os pipos e tonéis de madeira e vai passar a ter como envasilhe pipos e tonéis de plástico?
E agora se a moda pega e vamos comer sardinha assada à beira rio e nos servem a mesma em prato de plástico, e nos dão para o vinho, copo de plástico e, para a cerveja, copo de plástico e, a salada de frutas em, taça de plástico e, o café em, copo de plástico e, a colher para mexer, em plástico e, cuidado se não até o guardanapo que dantes era em pano e passou a ser em papel, poderá vir em plástico.
Acabaram com as características que existiam em cada terra, tudo passou a ser uniformizado.
As aldeias perderam o muito que as caracterizava; perderam-se por isso hábitos e costumes, tradições antigas que vinham de antanho, algumas desde a fundação deste pequeno Portugal.
E esta perseguição desenfreada às tradições, aos hábitos, aos costumes, ao folclórico, ao que era regional e às regiões, ao artesanato, ao “country”, afrouxou porque Sua Excelência o Senhor Presidente da República desancou no senhor mandão do ASAE para que houvesse mais moderação nas fiscalizações porque de contrário hoje teríamos ainda mais desemprego provocado pelo fecho de pequenas indústrias, artesanato, cafés, bares, restaurantes, adegas, e mais ainda por aqueles empregos indirectos, nas “pequenas e médias empresas subsidiárias”.

Já Chega.

Já chegam de leis da U.E. para a normalização daquilo que não tem que ser normalizado.

Haja respeito pelas
regiões e por suas
populações.

majosilveiro