domingo, 24 de janeiro de 2010

TIRAREI ÁGUA DA PEDRA, ESCREVEREI POEMAS DO NADA

TIRAREI ÁGUA DA PEDRA


ESCREVEREI POEMA DO NADA


O mundo está em aflição,
Com tanto dilúvio com tanta inundação,
Com tanto desastre com tanto horror,
Com tanto abalo por grande tremor.

Debaixo de escombros como que refugiados,
Homens moribundos morrem à sede,
Mulheres à míngua morrem esfomeadas,
Crianças debilitadas à vida agarradas,
Todos resistem com o nada de nada.

Com o nada resistem e vivem,
Com o nada se alimentam,
À espera de ajuda ou de uma má morte,
Esperam ali por melhor sorte,
Não querem partir sem a Bênção de Deus.

Tirarei água da pedra,
Para salvar moribundo,
Escreverei poema do nada,
Para salvar o Mundo,
Deus me ajude neste desejo profundo.

majosilveiro

sábado, 23 de janeiro de 2010

A DEUS, ATRAVÉS DO VENTO - MEMÓRIA ÁS ALMAS DO HAITI - ÁS MÃES DO BRASIL




PELOS POVOS QUE SOFREM;


AO HAITI


AO BRASIL




Deus me sensibiliza e me desafia,
As ideias jorram,
As lágrimas brotam,
Palavras e lágrimas se juntam,
As frases se formam,
A obra num ápice surge.



A Deus, através do Vento


Deus, Vê aquela terra ali,
Sofre e geme o Povo do Haiti,
Sofre e geme o Povo do Brasil,
Sofre e chora todo o meu irmão,
Inundados, soterrados em aflição,
Por tempestades de águas mil,

Por terramotos de força viril.

Clamam por Deus através dos ventos,
Suplicam por outros adventos,
Crêem na vinda de melhor sorte,
Esperam ali no meio da morte.

Vento de leste, afasta a peste,
Vento de norte, afasta a morte,
Vento de sul, dá-lhes a existência,
Vento de oeste, dá-lhes subsistência.

Deus, Dai-lhes Sustento,
Suplico que me escuteis,
Minhas palavras no ar não Deixeis,
Já que palavras leva-as o vento.

majosilveiro





ÁS MÃES DOS SOLDADOS DO BRASIL

QUE FALECERAM NO HAITI



Neste momento todas as minhas Emoções,
Vão para a enorme Grandeza,
P´ra todos aqueles Corações,
Dilacerados das mães do Brasil,
Que sofrem pelos seus queridos filhos,
Tornados Heróis pela sua Pátria,
Nas ruas de outra Pátria.


Toda a minha inválida Poesia,
Morre triste, sem valia.
Que Deus os guarde no seio de Sua Alegria.



majosilveiro

OS USUS DE CADA TERRA: COLHERES DE PAU


Os usos de cada terra:

Cada terra com seu uso,
cada roca com seu fuso.


Já chega.

Já chegam de leis da U. E. para a normalização daquilo que não deveria de ser normalizado.
Não tem jeito.
Já nos fecharam o que era regional e proibiram o que era artesanal.
Já nos fecharam restaurantes regionais e adegas regionais.
Já proibiram utensílios de madeira como; colheres de pau, copos de madeira, talheres com cabo de madeira, tudo isto em lugares onde era tradição serem usados estes utensílios porque era regional.
Era assim de há muitos anos, porque era regional e eram usados porque o lugar é característico daquela matéria-prima e assim OBRIGA o seu uso para estar em sintonia. Assim como a louça de barro vermelho em determinados lugares também o deveria ser e é, se ainda não foi também proibida, ou a louça de grés, preta, tradicional noutros sítios, onde ela é manufacturada.
Há dias, num restaurante da marginal do rio Douro, serviram-me uma caneca de sangria com uma colher de PLÁSTICO no lugar da tradicional colher de pau porque foi proibido tudo o que é de madeira em restaurantes. Pergunto: o vinho não foi sempre em pipos de madeira armazenado?
E o vinho do Porto não foi sempre em pipas e em grandes tonéis de madeira tratado e envelhecido?
E não é Portugal um dos produtores de vinhos de melhor qualidade do mundo (envelhecido que sempre foi em pipos de carvalho, que é madeira, de pau).
E o vinho do Porto não foi sempre e, continua a ser o único no mundo daquele tipo; vinho generoso, o único no Mundo, e de grande fama internacional devido ao seu espectacular sabor por em pipos de carvalho (que é pau) ser envelhecido? (eu acrescentaria no Mundo e arredores). E agora, uma simples colher de madeira (de pau) para mexer a sangria ficou a ser proibido de utilizar, em restaurantes, bares, adegas regionais e outros lugares que tais, quando sangria não é mais do que vinho com outras bebidas á mistura.
Então, se assim é, será que o vinho vai deixar de ter para o seu envelhecimento os pipos e tonéis de madeira e vai passar a ter como envasilhe pipos e tonéis de plástico?
E agora se a moda pega e vamos comer sardinha assada à beira rio e nos servem a mesma em prato de plástico, e nos dão para o vinho, copo de plástico e, para a cerveja, copo de plástico e, a salada de frutas em, taça de plástico e, o café em, copo de plástico e, a colher para mexer, em plástico e, cuidado se não até o guardanapo que dantes era em pano e passou a ser em papel, poderá vir em plástico.
Acabaram com as características que existiam em cada terra, tudo passou a ser uniformizado.
As aldeias perderam o muito que as caracterizava; perderam-se por isso hábitos e costumes, tradições antigas que vinham de antanho, algumas desde a fundação deste pequeno Portugal.
E esta perseguição desenfreada às tradições, aos hábitos, aos costumes, ao folclórico, ao que era regional e às regiões, ao artesanato, ao “country”, afrouxou porque Sua Excelência o Senhor Presidente da República desancou no senhor mandão do ASAE para que houvesse mais moderação nas fiscalizações porque de contrário hoje teríamos ainda mais desemprego provocado pelo fecho de pequenas indústrias, artesanato, cafés, bares, restaurantes, adegas, e mais ainda por aqueles empregos indirectos, nas “pequenas e médias empresas subsidiárias”.

Já Chega.

Já chegam de leis da U.E. para a normalização daquilo que não tem que ser normalizado.

Haja respeito pelas
regiões e por suas
populações.

majosilveiro