MISSIVA DO REI SVENOVITCH
À IMPERADORA DE OUTRO REINO
Fica Vossa Senhoria impedida,
E os mais do Vosso Império,
De me irem ver quando eu morrer,
Pois, eu é que nem vos quero ver!
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Nem flor tende a ousadia de enviar,
Por qualquer paspalho vosso lacaio;
Darei ordens ao meu aio,
Proibir-vos manifestações de pesar.
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Já que na Terra impera o cinismo,
O abandono ao Rei do vosso trono,
Porque sou o homem velho do Império,
Serem hipócritas, é depois um impropério.
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Amor, gostava eu de sentir hoje,
E não desprezo pela vossa parte,
Que com todo o engenho e arte,
Vossa senhoria, ao vosso senhor inflige.
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Agora, aquilo que é meu desejo;
Quero estar morto e descansado,
Não quero depois a meu lado,
Hipócrita de subordinado.
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Nem, também, muito lamento,
Chorar de arrependimento,
Quando, agora, neste momento,
Me trata mal que nem a jumento;
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Acusações de centenas de acções,
Que comete e que depois remete,
Ser Vosso Rei o ocasionador,
Não lhe abonando o seu valor.
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Depois de morrer, não me interessa flor,
Nem o choro hipócrita de qualquer estupor.
E todos se deveriam pautar,
Para nesta vida saberem amar.
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João da mestra
quinta-feira, 27 de maio de 2010
MISSIVA DO REI SVENOVITCH À IMPERADORA DE OUTRO REINO
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