segunda-feira, 2 de junho de 2014

Circulação…, por vielas estreitas





Circulação…, por vielas estreitas

 

 

Vielas estreitas sem vida a pulsar no dia-a-dia,

 sem corrente emergente de uma outra vida,

 sem sobressaltos nem alaridos de uma alta tensão.

 Vielas mortas sem razão,

 onde não passa de uma varina  um pregão

 ou d'aguadeiro um sermão a aldeã que não corre na viela.

 Aldeã que sai de um coração,

 que segue fluída por avenidas e se queda nas mais estreitas ruas,

 nas mais estreitas vielas,

 como que ludibriada por parceiras ás janelas.

 Encurralada por manadas de bisontes em barreiras,

 como que encravada em estreitas veias.

 Aldeã que com seu cântaro não corre,

 que não cumpre sua missão,

 leva á morte de toda a veia,

 não por exaustão,

 mas por erosão.

 

João da mestra, 2 de Junho de 2014
 
 
 
 

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