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Em homenagem a três canções, a três autores e a três intérpretes.
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Incluo, também, José Niza, falecido muito recentemente.
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TRÊS CANÇÕES
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Parada estava esta Nação,
Calada estava, sem ilusão,
Mas, eis que se ouve uma canção,
Que faz “acordar” a população:
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“E Depois do Adeus”;
Quem nos acordou foi Deus.
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Longos momentos passaram
E mais nada assinalaram.
O Povo voltava a adormecer,
Quando outra canção veio interromper,
Aquele silencio de morrer.
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“Grândola Vila Morena”,
Nos alertava para a cena.
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Grândola é Vila Morena,
Lá no meio da seara,
Naquela madrugada com muita idade,
Vila Morena veio à cidade,
Percorreu todo o País,
Distribuiu fraternidade.
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Grândola Vila Morena,
Terra da Fraternidade,
De um País com muita idade,
Onde não existia liberdade.
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Juntou-se exército e marinha,
E também a força aérea,
E todos de cravo na mão,
Iniciaram a Revolução.
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Juntou-se-lhes o Povo, com razão,
Que engrossou em multidão,
Organizou-se com prontidão
E venceu a Revolução.
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Não houve mortos nem feridos,
Eu o posso atestar,
Era o enfermeiro de serviço,
No Hospital do Porto, Militar.
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Aquela madrugada foi Sagrada,
A Canção seja louvada,
“Grândola Vila Morena”,
“Terra da Fraternidade”.
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Apareceu nova sociedade,
Não é o Povo quem mais ordena,
“Eles comem tudo, eles comem tudo”,
“Eles comem tudo e não deixam nada”.
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João da mestra,
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Setembro de 2010
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Em homenagem a três canções, a três autores, incluindo José Niza falecido recentemente e a três intérpretes e, ao que elas significaram e significam na vida do Povo Português e de Portugal; “E DEPOIS DO ADEUS”; “GRÂNDOLA VILA MORENA” ; E, “ELES COMEM TUDO”.
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majosilveiro